Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo e Fatores de Risco para Disfunção Sexual em Mulheres Puérperas Atendidas no Ambulatório de Planejamento Familiar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32915/pleiade.v17i39.910

Resumo

Durante o ciclo gravídico-puerperal a mulher sofre alterações físicas, hormonais e psicológicas, podendo favorecer o aparecimento de disfunções sexuais como desejo sexual hipoativo, dispareunia, redução da excitação e da lubrificação e dificuldades para atingir o orgasmo. Sendo assim este estudo visa analisar a prevalência de transtorno do desejo sexual hipoativo e investigar fatores que influenciam no aparecimento da disfunção sexual. Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, realizado no Ambulatório de Planejamento Familiar do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro de 2021 e julho de 2022, através de entrevistas. Foram aplicados os seguintes questionários: questionário sociodemográfico, Escala Visual Analogica da Dor (EVA), Escala de Autoestima de Rosenberg (ERA) e o Female Sexual Function Index (FSFI). A maioria das participantes (56,25%) apresentou transtorno do desejo sexual hipoativo significativo (p<0,05). Autoestima e outras disfunções sexuais como excitação, lubrificação, satisfação, orgasmo foram associados ao desejo sexual hipoativo no período pós-parto (p<0,05). Outros fatores como idade (p=0,967), estado civil (p=0,586), tipo de parto (p=0,940) e paridade (p=0,762) não predisseram desejo sexual hipoativo em puérperas. O transtorno do desejo sexual hipoativo é uma disfunção sexual prevalente no período pós-parto. Cabe aos profissionais de saúde buscar meios de oferecer conhecimento em educação sexual, empoderamento e melhor qualidade de vida a essas mulheres.

Biografia do Autor

Marcelo Renato Guerino, Universidade Federal de Pernambuco

Professor Doutor do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE.

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Publicado

05-07-2023