Atendimento Psicológico às Mulheres Presas – Transitando pela Psicologia Jurídica no Sistema Prisional: Experiência de Trabalho em Foz do Iguaçu, PR

Autores

  • Karine Mestre em Sociedade, Cultura e Fronteira, UNIOESTE. Especialista em Psicologia Clínica, HRAC-USP. Funcionária Pública Estadual – SESP/DEPEN.

Resumo

A Psicologia Jurídica tem avançado e feito contribuições importantes, em diversos locais. Na prisão é chamada de Psicologia Criminal ou Penitenciária. O trabalho do psicólogo nas penitenciárias se consolidou com a disposição da Lei de Execuções Penais (Lei nº7210/84) e seu trabalho vai além da perícia, da avaliação psicológica, do polêmico “exame criminológico”: ele atende as pessoas presas, se manifesta acerca delas em reuniões internas e externas, pode participar de conselhos locais, profissionais, de políticas públicas e ainda faz o acompanhamento psicológico delas quando possível. Este trabalho é um relato de experiência sobre o atendimento psicológico realizado numa unidade prisional situada em Foz do Iguaçu, PR, que tem capacidade para 248 mulheres presas, chamada CRESF. O Paraná conta com cerca de 35 unidades prisionais e menos de 30 psicólogos para atender a demanda de aproximadamente 50 mil pessoas presas no estado (INFOPEN/2016). Com poucos profissionais e muitas vezes sem local adequado destinado ao atendimento psicológico, a experiência desta psicóloga fala da escuta realizada junto às presas. Mesmo esporadicamente, esses atendimentos de apoio, tem proporcionado às mesmas um lugar para reverem a sua história e falarem sobre seus sofrimentos e seus sonhos. No texto são apresentados flashes de como esses atendimentos acontecem e de algumas dessas histórias. O feedback sugere e reforça a importância da escuta psicológica, já reconhecida como ferramenta importante da Psicologia. Também visa sensibilizar para a ampliação desde trabalho nas prisões, com a contratação de mais profissionais.

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Publicado

26-08-2018