A tatuagem na prisão: Considerações acerca da identidade e do estigma

Resumo

Trabalhando no sistema penitenciário, observa-se que é recorrente o uso das tatuagens. As questões subjetivas permeavam meu imaginário: o que significa pra ele? por que fez? quando fez? escolheu? Ouvindo os relatos das pessoas presas, bem como de funcionários que atuam no âmbito da Justiça e Segurança pública, comecei a me deparar com as questões de estigma, muitas decorrentes das organizações criminosas. Também é possível observar que, de um modo geral, as pessoas se tatuam mais, sugerindo que o uso e as técnicas da tatuagem se propagaram, mesmo fora das prisões. Do seu aspecto histórico marginalizante, ela incorporou outros significados e representações sociais.