Crime de Realengo: o sutiã lilás na tromba do elefante verde e amarelo
Palavras-chave:
Linguagem. Mídia. Terrorismo. GêneroResumo
Este artigo, escrito a seis mãos plugadas à rede, examina, do ponto de vista dos estudos culturais: linguagem e gênero, o assassinato de 12 adolescentes brasileiros. Esse crime ocorreu numa única ação, dentro de uma escola, na periferia do Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, praticado por um ex-aluno, evento que inaugurou a presença do Brasil no cenário global das brutalidades gigantescas, aquelas fadadas à não-conclusão. Isso, dado as inúmeras variáveis que atravessam as tentativas de se desenhar um “elefante”, sem nunca ter visto ou sequer tateado o animal.O recorte aqui demarcado e o problema da imprecisão serão delineados na ciência técnica da dificuldade de se enxergar para além do aparente, bem como na verificação dos perigos inerentes à banalização de um crime mediante a disputa pela informação entre a mídia e os órgãos investigativos oficiais. Quando, ambos, passam a supor ou nomear fatos (terrorismo, esquizofrenismo) e “coisas” (crianças-terroristas), no calor da emoção, sem distanciamento e rigor, ignoram, respectivamente, outras possibilidades (crime de gênero-exclusão) (jovens-mulheres) e legitimam aquilo que o senso comum e o Ibope alimentam. Recorre-se, como tentativa de dirigir um olhar ampliado, principalmente, à arte cinematográfica e às lentes de aumento de Gus Van Sant4 (2003), em seu documentário crítico sobre o “similar caso” de Columbine (EUA).Downloads
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