Comportamento de brincadeiras em um grupo de Saguis-de-tufo-preto callithrix penicillata (Geoffroy,1812) cativos do zoológico Bosque Guarani, Foz do Iguaçu, PR

Autores

  • Ana Cecília Leite dos Snatos Uniamérica
  • Marina Percheron Mnegusso
  • Vito Bottncourt
  • Regina de Moura
  • Pedro Guilherme Barrios de Souza Dias

Resumo

O gênero Callithrix compreende cerca de seis espécies, sendo todas endêmicas do Brasil. Callithrix penicillata ocorrem nos biomas, caatinga e cerrado. São animais hábeis que, quando em vida livre, engajam comportamentos de forrageio, alimentação, ocomoção, descanso e atividades sociais. São dotados de grande capacidade de locomover-se a distâncias relativamente grandes, mantendo um ciclo de atividades diárias. O estudo em questão partiu da premissa da Teoria do Excedente, que defende que as brincadeiras são resultados de energia excedentes ocorrendo apenas quando as exigências essenciais estão saciadas. Organismos que possuem energias excedentes que não são reservadas para questões de sobrevivência, são gastos na forma de brincadeira. Partindo dessa premissa este trabalho buscou analisar a frequência de comportamentos de brincadeiras, em quatro indivíduos entre juvenis e adultos, sendo duas fêmeas e dois machos. Através do método “todas as ocorrências”, foram observadas 8 horas/dia, totalizando 84 horas de observação durante os meses de outubro e novembro. O padrão de atividades, ao longo do período de observação, apresentou algumas variações, sendo possível registrar a frequência de cada brincadeira. Dos comportamentos que envolviam o brincar dos indivíduos, dois foram mais frequentes: Beliscões/mordidas (23%) e Caçadas (23%), comportamentos que permitiam a exploração do recinto, onde os indivíduos corriam e pulavam nos arbustos e galhos. A utilização de gravetos e folhas para brincadeiras totalizou 18%. Outra postura observada foi a de esconder-se (3%), que geralmente ocorria em conjunto com comportamentos de locomoção seguidos por outra atividade de brincadeira. Outros, como “luta romana”, expressões faciais e corridas, demarcam frequência de 8% cada. Ao conjunto das categorias, o comportamento de “Frolicking” foi registrado poucas vezes, totalizando 6% das observações. A exploração solitária dorecinto, através de corridas e pulos nos galhos totalizou 3% na frequencia de brincadeiras. Partindo destes resultados, percebeu-se que os jovens brincam mais que os adultos, o que pode estar possivelmente associado ao desenvolvimento neuromotor e

Biografia do Autor

Ana Cecília Leite dos Snatos, Uniamérica

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