Levantamento epidemiológico dos casos de hanseníase em Foz do Iguaçu – PR, no período de 2015 a 2019

Autores

  • Camila da Rosa Pimentel
  • Jean Colacite

Palavras-chave:

Enfermidade, Prevalência, Hanseníase, Perfil Clínico Epidemiológico

Resumo

A hanseníase, ainda é um problema de saúde pública no Brasil, seja pelo obstáculo socioeconômico, a falta de informação ou capacitação dos profissionais da área de saúde a respeito da patologia. A doença, também conhecida como Mal de Hansen ou hanseníase, é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae (M. Leprae). A doença ataca mais a pele e nervos periféricos, porém o dano neurológico responsabiliza-se pelas sequelas que podem surgir. Objetivo: Este trabalho teve o intuito de determinar o caráter epidemiológico e a distribuição espacial da prevalência da hanseníase em Foz do Iguaçu - Paraná. Método: Foi realizada uma pesquisa transversal, exploratório e de abordagem quantitativa. O estudo abrangeu a investigação de dados através do Centro Municipal de Apoio à Tuberculose e Hanseníase (CMATH), obtendo informações dos casos notificados desde 2015 até 2019. A amostra foi formada por 170 casos e as variantes da pesquisa foram: gênero, faixa etária, formas clínicas, grau de incapacidade e classificação diagnóstica. Resultados: Na região oeste do Paraná, teve uma dominância da classificação multibacilar (54,11%, n= 92). Grau 0 de incapacidade física (32,35%, n=55), sendo que o grau 2 (8,82%, n=15) apresenta incapacidade e deformidade. A faixa etária com maior número de casos foi entre 46 a 60 anos, sendo 30 homens (17,6%) e 22 mulheres (12,9%). Na forma clínica desta doença e ao sexo se caracteriza como predominância no aspecto dimorfa (D) que acomete entre 60 homens e 49 mulheres. A distribuição de casos por motivo de alta, mostra que mostra que 122 (71,78%) pacientes obtiveram alta por cura, 20 (11,76%) continuaram em tratamento, 13 (7,64%) tiveram transferência de município ou país, 10 (5,88%) abandonaram o tratamento, e 5 (2,94%) obtiveram óbito. Conclusão: o estudo mostra que a região estudada denota elevada endemicidade, devido ao diagnóstico tardio e contágio ainda ativo da hanseníase. Essas tendências estão relacionadas com a potência de morbidade existente. Diante disso conclui-se serem imprescindíveis as condutas para erradicação da enfermidade, a prevenção de incapacidade e o incentivo de concessão ao tratamento, minimizando assim os impactos da doença e amplificação da importância da hanseníase como um problema de saúde pública ainda existente na região de Foz do Iguaçu, Paraná.

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Publicado

17-05-2024