CENTRO CULTURAL FOZ DO IGUAÇU

Resumo

O tema escolhido para o desenvolvimento do trabalho foi a criação de um CENTRO CULTURAL na cidade de Foz do Iguaçu. O local escolhido para o projeto foi a região central do referido município, mais precisamente ao lado do único terminal de transporte público que possui. Essa área já possui lugares que favorecem a cultura local, como a Feirinha Bosque Guarani, que funciona uma vez por semana em frente ao zoológico, e a Estação Cultura, que se encontra em uma sala dentro do espaço do terminal urbano e funciona como uma extensão da fundação cultural, incentivando a leitura através de empréstimos de livros. Esse mesmo terminal urbano é palco de inúmeras visitas diárias, de moradores e turistas, que passam continuamente pelo local. Por esse motivo, há uma preferência pelo espaço para manifestações populares, marchas e reivindicações diversas, visto que o terminal possui grande visibilidade e é visto como ponto de encontro e referência na cidade. Portanto, comprova-se que essa localidade é favorável a instalação de um espaço cultural. Através do entendimento de  todos os dados acima desenvolvidos; considerando também que a cidade possui uma extensa demanda cultural, através da pluralidade de etnias, línguas,  Costumes e do próprio turismo; levando ainda em consideração que essa mesma cidade não possui nenhum espaço relacionado a atividades de promoção da cultura; é perceptível a urgência de um projeto de centralização e integração das produções artísticas, artesanais, manuais, históricas e de entretenimento de sua população e para a sua população. Afinal, Foz do Iguaçu é uma das poucas cidades do interior do Brasil que possui uma identidade multicultural e, no entanto, não possui um lugar reservado às práticas culturais ou de incentivo a estas, nem mesmo uma conexão de seus moradores com essa identidade. Esse multicultural, incomum numa cidade  pequena, como Foz do Iguaçu, deve-se à construção da ITAIPU BINACIONAL e também ao comércio, já que Ciudad del Este (PY) é uma das maiores zonas de  livre comércio do mundo, o que fez com que a cidade crescesse em torno de 300%, passando de 34 mil para 136 mil habitantes. Recentemente, essa  identidade foi reforçada devido à percepção da cidade como polo universitário – que se deu em razão da instalação da UNILA (Universidade federal da  Integração Latino-Americana), somada à criação de universidades de medicina em Ciudad del Este, acrescentada ainda aos centros de ensino superior público,  como Unioeste e IFPR, e privados, como Uniamérica, UDC, Unifoz, entre outros, que já existiam na localidade. Dessa maneira, o CENTRO CULTURAL  FOZ DO IGUACU (CCFI) teria a oportunidade de reforçar a identidade multicultural da cidade, através da representação da subjetividade dos indivíduos  fronteiriços por meio da exposição de seus trabalhos, ou da produção de sua arte, ou ainda proporcionando aos seus moradores entretenimento e cultura,  sendo um espaço de lazer, aprendizado e também de troca. Com o fácil acesso dos cidadãos ao terreno, devido a sua excelente localização (central, ao lado do  terminal de ônibus), o CCF teria a oportunidade de atingir facilmente o seu público alvo, que é em especial os moradores da região trinacional e, por  consequência, o turista que visita a tríplice fronteira. O projeto buscaria centralizar toda a produção cultural da triplice fronteira, traria maior segurança ao  local, que hoje se encontra em estado de abandono, além de valorizar a área do entorno.